Estamos vivendo uma época em que as pessoas de A.A. andam meio que confusas com relação a serviços X sobriedade.
Sobram encargos e faltam pessoas dispostas a assumirem os trabalhos da nossa Irmandade.
Falta de responsabilidade, diria um membro muito querido da Irmandade que crise de responsabilidade estamos vivendo! Como está cada vez mais difícil encontrar membros para assumirem determinados encargos. Infelizmente essa dificuldade já começa no grupo e passa por todos os órgãos de serviço.
Falta de responsabilidade, diria um membro muito querido da Irmandade que crise de responsabilidade estamos vivendo! Como está cada vez mais difícil encontrar membros para assumirem determinados encargos. Infelizmente essa dificuldade já começa no grupo e passa por todos os órgãos de serviço.
Sei que para muitos de nós isso até já chega a ser injusto, pois felizmente temos gente de "chegar junto" e que não deixa a peteca cair. Graças a esses companheiros, A.A. continua firme e progredindo. Saudosismo, diriam alguns. Cadê aquela empolgação toda pelo dar de graça o que de graça nos foi dado? Onde anda aquela atitude de solidariedade, do "Espírito de Servir" de Alcoólicos Anônimos que tanto se falava lá atrás? Sim, falava-se, pois hoje alguns até falam, embora com uma timidez de dar dó! Será que serviços só podem ser praticados por alguns poucos privilegiados, dizem alguns de nós? Onde se fecha o círculo nessa estória? Nosso lema não é Recuperação, Unidade e Serviço?
Será que o serviço caiu de moda? Será que as coisas acontecem por si só, sem ninguém para executar as tarefas? Ou será que não precisamos de mais ninguém para fazer A.A. funcionar? O incrível de tudo isso é que a dificuldade não está só no grupo. Os órgãos de serviços enfrentam a mesma dificuldade ou até maior e mais perversa, pois se espalhou uma inverdade, que trabalhar ali é bastante difícil.
Será que o serviço caiu de moda? Será que as coisas acontecem por si só, sem ninguém para executar as tarefas? Ou será que não precisamos de mais ninguém para fazer A.A. funcionar? O incrível de tudo isso é que a dificuldade não está só no grupo. Os órgãos de serviços enfrentam a mesma dificuldade ou até maior e mais perversa, pois se espalhou uma inverdade, que trabalhar ali é bastante difícil.
Essa afirmação pode parecer exagerada, diriam uns, mas a verdade é que estamos falhando em formar novos servidores em A.A. As lideranças estão tendo dificuldade em apadrinhar novos servidores para assumirem as tarefas.
Eu estou incluso nessa situação, pois sinto uma enorme dificuldade em passar para as pessoas novas o quanto foi bom para eu prestar serviço, o quanto me ajudou e o quanto continua me ajudando.
Eu estou incluso nessa situação, pois sinto uma enorme dificuldade em passar para as pessoas novas o quanto foi bom para eu prestar serviço, o quanto me ajudou e o quanto continua me ajudando.
Parece-me que prestar serviço deixou de ser aquela coisa prazerosa e que tanta satisfação me dava lá atrás.
Lembro-me perfeitamente que me senti tal qual uma criança em descobrimento, quando tive a oportunidade de prestar o meu primeiro serviço em Alcoólicos Anônimos. Imagine eu, que nem sequer sabia "esquentar água", de repente ser eleito para fazer café para um povo que bebia café o tempo todo! Cada um tinha o gosto diferente; uns gostavam mais amargo, outros um pouquinho mais doce, e por aí vai. Exigentes ao extremo, segundo minha ótica de "novato". Seria um desafio e tanto agradar esse povo, concluí. Tão logo fiz o primeiro café, lá passava eu, cheio de expectativas, pronto para levar as "bordoadas", que afinal nem vieram. O que aconteceu foi que alguém se "achegou" a mim, nem me lembro quem, elogiou o café e deu-me algumas dicas para melhorar "aquilo", e logo estava eu integrado ao time.
E a primeira coordenação? Com que ansiedade eu aguardei o dia de "minha" primeira reunião coordenando! Após a eleição (que quase sempre o novo ganha com estrondosa maioria de votos e comigo não foi diferente), a expectativa era arrepiante. Como será que esse povo vai aceitar alguma falha minha? Será que conseguirei dar conta do recado? Essas e tantas outras perguntas povoaram minha mente antes da estréia.
Recordo-me que a empolgação era muita, pois o grupo, através das lideranças, induzia-nos a querer prestar serviços, passava a noção exata de como era boa e importante a prestação do serviço. Lembro-me perfeitamente o quanto eram disputadas todas as reuniões.
Lembro-me perfeitamente que me senti tal qual uma criança em descobrimento, quando tive a oportunidade de prestar o meu primeiro serviço em Alcoólicos Anônimos. Imagine eu, que nem sequer sabia "esquentar água", de repente ser eleito para fazer café para um povo que bebia café o tempo todo! Cada um tinha o gosto diferente; uns gostavam mais amargo, outros um pouquinho mais doce, e por aí vai. Exigentes ao extremo, segundo minha ótica de "novato". Seria um desafio e tanto agradar esse povo, concluí. Tão logo fiz o primeiro café, lá passava eu, cheio de expectativas, pronto para levar as "bordoadas", que afinal nem vieram. O que aconteceu foi que alguém se "achegou" a mim, nem me lembro quem, elogiou o café e deu-me algumas dicas para melhorar "aquilo", e logo estava eu integrado ao time.
E a primeira coordenação? Com que ansiedade eu aguardei o dia de "minha" primeira reunião coordenando! Após a eleição (que quase sempre o novo ganha com estrondosa maioria de votos e comigo não foi diferente), a expectativa era arrepiante. Como será que esse povo vai aceitar alguma falha minha? Será que conseguirei dar conta do recado? Essas e tantas outras perguntas povoaram minha mente antes da estréia.
Recordo-me que a empolgação era muita, pois o grupo, através das lideranças, induzia-nos a querer prestar serviços, passava a noção exata de como era boa e importante a prestação do serviço. Lembro-me perfeitamente o quanto eram disputadas todas as reuniões.
Algumas reuniões do grupo chegavam a ter cinco e às vezes mais candidatos. As únicas exceções aconteciam quando algum novo entrava na disputa - aí seria entrar para perder. Na verdade, nossas trocas do Comitê de Serviços Rotativo mais pareciam uma festa. Passava-se a idéia de que prestar serviços, antes de uma obrigação, era algo que nos dava uma imensa satisfação. Servir, essa era a idéia. Não que hoje essa verdade não valha mais, mas deixou-se de falar. Parece que caiu em desuso. Quem presta serviços hoje, parece fazê-lo por "obrigação", do tipo: se eu não fizer o grupo "fecha" (ou o órgão de serviço). Falta o "espírito de A.A.", aquele em que acreditaram os nossos fundadores e que tantas vezes ouvi os "velhos mentores" falarem no grupo.
Acredito que a Irmandade precisa de todos nós, para demonstrarmos com toda a clareza do que somos capazes, o quanto o Serviço é importante para a Recuperação e, por conseguinte, chegar-se finalmente à Unidade, completando o círculo da maravilhosa programação de Alcoólicos Anônimos.
Acredito que a Irmandade precisa de todos nós, para demonstrarmos com toda a clareza do que somos capazes, o quanto o Serviço é importante para a Recuperação e, por conseguinte, chegar-se finalmente à Unidade, completando o círculo da maravilhosa programação de Alcoólicos Anônimos.
FONTE: REVISTA VIVÊNCIA Nº 75 – JAN-FEV/2002
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